top of page

O AGORA DA INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL

A inteligência artificial (IA), apesar do nome "artificial", tem muito pouco de artificial!

  • Foto do escritor: Luiz de Campos Salles
    Luiz de Campos Salles
  • 13 de mai. de 2024
  • 2 min de leitura

Atualizado: 3 de mai.


ree

 A tão discutida IA é, em sua essência, uma extensão da inteligência HUMANA, a qual chamarei de IH para simplificar. É a IH que ensina as máquinas a realizarem tarefas que nós, seres humanos, já sabemos fazer. No entanto, quando adequadamente treinadas e programadas, essas máquinas podem desempenhar essas tarefas de maneira mais eficiente e rápida do que nós.


Tomemos, por exemplo, um CAC (central de atendimento ao cliente). Uma IA bem treinada pode oferecer um atendimento de qualidade superior ao cliente, não por ser mais inteligente, mas porque foi ensinada pela IH a resolver uma gama muito mais ampla de problemas em um tempo consideravelmente menor.


A IH, atuando como mentora das IAs, ensina-as a aprender por si mesmas! Elas se beneficiam de características únicas das máquinas: a alta velocidade de processamento dos computadores e a capacidade de acessar enormes volumes de dados — recursos que a IH também tem acesso, porém com uma velocidade de processamento muito mais lenta.


Existem, basicamente, dois tipos de IA: aquelas treinadas para compreender a linguagem escrita e produzir textos conforme a solicitação do usuário.


Podemos pedir que façam diversas tarefas, como "Traduza...", "Resuma...", "Responda...", "Faça um resumo de...", seguidas pelo texto desejado.  A GPT da OpenAI é um exemplo desse tipo de IA, cuja pesquisa teve início em 1950.


Outro tipo de IA, baseado em diferentes métodos de treinamento, caminha em direção à inteligência artificial geral, que busca replicar o modo de pensar humano. Nesse caso, a IH ensina a IA a aprender de forma autônoma, utilizando métodos como tentativa e erro e aprendizado por reforço, algo comumente usado no adestramento de cães.


Foram humanos altamente inteligentes que programaram os algoritmos da IA conhecida como AlphaZero, que venceu o maior campeão mundial de xadrez em um torneio de 10 partidas, das quais a IA perdeu apenas uma. Segundo o campeão derrotado, a IA empregou estratégias inéditas, como sacrificar peças de alto valor, como bispos e rainha, em troca de vantagens posicionais.


Um feito semelhante ocorreu com o jogo chinês Go, também vencidos pela mesma IA em competições.


Seremos superados pelas IAs gerais? Tudo indica que sim. Quando estiverem equipadas com a capacidade de ouvir, falar e enxergar como um ser humano, elas certamente serão mais capazes, pois aprenderão autonomamente, utilizando métodos não convencionais para nós e acessando megabancos de dados de forma muito mais rápida. Alguns cientistas estimam que alcançar esse nível de desenvolvimento pode levar cerca de 100 anos.


Alcançar este nível  é bom ou ruim? Espera-se que seja benéfico, embora não seja possível prever tudo o que a IA poderá criar independentemente. Esse é um risco já reconhecido pela maioria dos cientistas que trabalham no seu desenvolvimento.

 

Autor: Luiz de Campos Salles Data: 13/05/2024

 
 
 

Comentários


bottom of page