O presidente Trump, que assinou ordens executivas esta semana, queria se livrar da Lei de Práticas de Corrupção no Exterior durante seu primeiro mandato. Eric Lee/The New York Times
Por que a derrubada de uma lei antissuborno por Trump pode ser um tiro pela culatra
O Presidente Trump há muito tempo argumenta que uma lei que proíbe o suborno estrangeiro sufoca a realização de negócios no exterior e coloca as empresas americanas em desvantagem.
Porém, quando ele efetivamente colocou a Lei de Práticas de Corrupção no Exterior fora de funcionamento nesta semana, a ordem não provocou os aplausos das empresas americanas que se poderia esperar. Advogados especializados em casos de corrupção corporativa disseram ao DealBook que as medidas para enfraquecer potencialmente a lei poderiam ser um tiro pela culatra para as multinacionais, aumentando de fato o custo de fazer negócios no exterior.
A F.C.P.A. envolveu empresas como a McKinsey, a Petrobras e a Goldman Sachs em alguns dos maiores escândalos de suborno corporativo do último meio século. O objetivo é enviar a mensagem de que o pagamento ou a busca de suborno para ganhar negócios não será tolerado em lugar algum, disse William Garrett, especialista jurídico que gerencia o Foreign Corrupt Practices Clearinghouse, um projeto desenvolvido pela Stanford Law e pelo escritório de advocacia Sullivan & Cromwell.
A F.C.P.A. não está morta. Mas está sendo revisada, e a preocupação é que possa ser enfraquecida ou arquivada. Isso poderia criar uma temporada aberta para propinas - um preço que nenhuma empresa quer pagar. “É mais ou menos a mesma ideia de não pagar a sequestradores, certo? Porque você apenas encoraja os sequestradores a continuarem fazendo isso”, disse Garrett.
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