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O AGORA DA INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL

UMA OPORTUNIDADE PARA NOSSO CRESCIMENTO DO BRASIL QUE ESTÁ SENDO PERDIDA PELO ESTADO DA NOSSA ECONOMIA

  • Foto do escritor: Luiz de Campos Salles
    Luiz de Campos Salles
  • 6 de fev.
  • 2 min de leitura

Atualizado: 2 de mai.


 

Resumo em Português de artigo do THE ECONOMIST de 5/2/25

 

O Brasil, um importante exportador de grãos e matérias-primas, está mudando seu foco para iniciativas de energia verde para atrair empresas que buscam reduzir sua pegada de carbono e fabricar e exportar bens de maior valor agregado. A abundância de energia renovável no país, incluindo hidrelétrica, eólica e solar, o torna um local atraente para a produção de hidrogênio verde, que é criado usando energia renovável para dividir a água em suas moléculas componentes de hidrogênio e oxigênio.  

O Porto de Açu, localizado a 320km a nordeste do Rio de Janeiro, é um excelente exemplo dessa mudança. Antes um importante centro de extração de petróleo offshore, o porto assinou contratos no valor de cerca de US$ 5 bilhões para arrendar terrenos para fábricas que produzirão turbinas eólicas, bem como instalações para a produção de amônia, combustível de aviação sustentável (SAF) e ferro metálico puro, o principal ingrediente para a produção de aço de baixo carbono.  

As bases técnicas do Brasil para um boom de produção verde podem ser sólidas, mas suas dificuldades econômicas são um obstáculo. O alto custo do financiamento está adiando investimentos maiores em projetos intensivos em capital.   

O real foi a moeda principal de pior desempenho do mundo no ano passado, perdendo mais de 20% de seu valor em relação ao dólar. A queda foi impulsionada pelo pânico sobre os planos de gastos de Luiz Inácio Lula da Silva, o presidente de esquerda. Os mercados acreditam que ele não está falando sério sobre equilibrar as contas, mesmo com o déficit orçamentário do Brasil atingindo 10% do PIB e a dívida bruta se aproximando de 90% do PIB. Um programa de política industrial anunciado no ano passado, envolvendo bilhões de reais, apoiou essa crença. Mesmo com a maioria dos bancos centrais cortando as taxas de juros, em 28 de janeiro a do Brasil foi elevada para 13,25%, entre as mais altas do mundo.  

O cenário pode não melhorar em 2025. As políticas mais caras de Donald Trump, presidente da América, para deportar imigrantes e impor tarifas, provavelmente fortalecerão o dólar. O real cairá ainda mais e os investidores podem procurar outro lugar.  

O Brasil tem grandes expectativas em relação ao seu papel na descarbonização do mundo. 1 Mas se não conseguir convencer os investidores a manter o dinheiro no país, suas esperanças serão frustradas.

 

 
 
 

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