Uma oportunidade para os ESTADOS UNIDOS e CUBA
- Luiz de Campos Salles

- 14 de jul.
- 3 min de leitura

O artigo abaixo foi produzido por mim Luiz de Campos Salles baseado no seguinte artigo do “Institute of Electrical and Electronical Engineering IEEE” https://spectrum.ieee.org/cuba-energy-crisis?utm_source=feedotter&utm_medium=email&utm_campaign=climatetechalert-07-14-25&utm_content=httpsspectrumieeeorgcubaenergycrisis&mkt_tok=NzU2LUdQSC04OTkAAAGbqG6KmfVdynU1CAwUJCOWOfAqorFrNUMQEbreuxhqty71FunCDl2bB7cI2mzyJqKk7MHiD5U__xjQAHRVw9PV2N3A4hG5fUGbyHipK18JMyDitPYR
As opiniões políticas são de exclusiva responsabilidade deste autor.
A rede elétrica de Cuba está em crise, com o governo conseguindo atender apenas 50% a 70% das necessidades diárias de eletricidade do país, e a rede já colapsou quatro vezes nos últimos seis meses. Essa situação decorre de décadas de negligência na infraestrutura energética, restrição ao capital estrangeiro e incapacidade de se adaptar a novas opções energéticas. A crise tem levado a interrupções significativas em serviços básicos, forçando os cidadãos a adotar medidas extraordinárias para lidar com a falta de energia.
A crise atual é resultado de investimentos inadequados, combustível de baixa qualidade e manutenção adiada nas usinas termelétricas, que são a espinha dorsal do sistema elétrico cubano e operam muito abaixo da capacidade. A dependência do petróleo bruto pesado de baixa qualidade, que é corrosivo e acelera o desgaste dos equipamentos, também contribui para o problema. A instabilidade econômica da Venezuela, que fornecia uma quantidade substancial de petróleo a Cuba, tornou essa fonte menos confiável.
Apesar de possuir um grande potencial em energias renováveis, como solar, eólica e biomassa da cana-de-açúcar, a transição de Cuba para essas fontes tem sido lenta devido a obstáculos burocráticos e falta de financiamento. A instabilidade da rede dificulta a integração de grandes instalações de energia renovável. O governo cubano, curiosamente tem priorizado o investimento em infraestrutura turística em detrimento da rede elétrica, o que a torna mais vulnerável.
A economia cubana, enfraquecida por ineficiências internas e sanções dos EUA, carece das divisas necessárias para importar combustível, adquirir peças de reposição e atrair investimentos estrangeiros.
O governo cubano reconheceu a gravidade da situação e desenvolveu planos de recuperação que incluem investimentos em manutenção de usinas térmicas, aumento da capacidade, adição de energia solar e garantia de abastecimento de combustível do exterior. No entanto, o progresso é gradual e limitado pelos mesmos problemas que causaram a crise.
Diante da falha da rede elétrica principal, cubanos com recursos estão instalando geradores e sistemas solares. Algumas comunidades também estão trabalhando juntas para instalar sistemas solares e de baterias, embora esses exemplos sejam escassos devido aos altos custos iniciais. A população cubana está sofrendo, e as mudanças abrangentes necessárias para uma recuperação genuína e de longo prazo estão além das capacidades atuais da ilha.
Em um esforço para suprir a demanda, Cuba busca ativamente parcerias internacionais para iniciativas energéticas, com acordos com a Rússia para modernizar instalações térmicas e apoio de países como o México com suprimentos de combustível. O artigo menciona que tambem a China já está ajudando Cuba na construção de até 2.000 MW de capacidade solar em mais de 92 parques solares em todo o país. Além disso, a China já enviou equipamentos para Cuba para mais de 100 MW de capacidade solar por meio de um programa diferente. Essa colaboração é um passo positivo para o desenvolvimento de energias renováveis em Cuba.
No entanto, o clima de investimento é complicado devido ao modelo econômico de Cuba, seu histórico de inadimplência e as sanções dos EUA.
Para resolver essa crise, seriam necessárias mudanças políticas profundas, como a retomada da democracia e a implementação de algum nível de livre mercado. Essas concessões por parte de Cuba poderiam ser feitas em troca da eliminação das restrições dos EUA, acompanhada de ajuda específica e controlada para garantir o uso adequado dos recursos. A colaboração de outros países da América Latina, mesmo que simbólica, também seria benéfica.
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